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Natal e Ano Novo: Época de Festa e Perigo

Qual é a época do ano mais perigosa em termos de segurança para os condomínios?  Dezembro é,  de longe, o mês em que o termostato do perigo atinge temperatura máxima e a razão  não é difícil de entender.  As tentativas de delito contra os condomínios – e também fora deles – encontram o que parece ser, para quem está mal intencionado, o momento ideal. No último mês do ano,  aumenta substancialmente a movimentação de fornecedores de incontáveis serviços e produtos destinados ao condomínio, via correio ou pelo delivery. O falso uniforme de empresas prestadoras de serviços pode ser um dos disfarces adotados pelos oportunistas. Mas há muitos outros disfarces praticados por quem deseja “aproveitar o momento”.
Nossa sugestão é, como sempre, reforço para o estado de alerta. Mas esse difícil alerta pode não ser compreendido pela comunidade do prédio, desde funcionários até condôminos e moradores. Seria mais eficaz se o síndico convocasse uma reunião com a finalidade específica de fazer com que todos atingissem o mesmo grau de mobilização e vigilância.

Em qualquer condomínio, a portaria é o centro do alerta. É  ali que chegam as encomendas e a correspondência,  bem como as solicitações habituais de Natal e Ano Novo.  Além de mais perigosa, essa época do ano é também a mais festiva, com movimento extra de “entra e sai” pela portaria.  Um olho precisa ficar aberto. São muitos os pretextos de quem se aproxima do prédio, alguns sem nenhuma ligação com as festas.

Não podemos esquecer também que estamos vivendo uma crise econômica ainda longe de ser debelada. A crise gera desemprego e frustração. Esse dado faz subir a temperatura do termômetro e é mais um motivo de cautela.  Se o condomínio pratica o que chamamos de vizinhança solidária – uma conexão entre porteiros de dois ou mais prédios vizinhos via circuito interno de TV,  telefone ou rádio -, é hora de checar se o sistema está operando a contento, inclusive na opinião dos parceiros.  Seria oportuno averiguar se a placa alusiva ao sistema está colocada no lugar mais visível para quem passa na rua. Essa placa ainda é desconhecida de muitos.  O sistema Detecta, estadual,  e,  agora, o City Câmeras, municipal, também podem ajudar nas emergências e precisam ter espaço  na agenda do síndico e funcionários do condomínio.

Depois de tomar todas as providências visando proteger o empreendimento na época mais perigosa do ano, resta ainda um último lembrete: quando  passarem  o Natal e o Ano Novo, chegam as férias de verão. Começa tudo outra vez.

Hubert Gebara é vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP e diretor do Grupo Hubert.