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Compartilhamento na prancheta

O Building Information Modeling (BIM) foi idealizado como um trabalho coletivo das diversas áreas envolvidas no projeto arquitetônico dos imóveis, com o fim de prever, em conjunto, todas as eventualidades da futura edificação. Todas as áreas podem, dessa forma, atuar na gênese do imóvel, especialmente, no caso dos condomínios. O objetivo é reduzir custos e tornar o projeto sustentável.

Além da economia, é também uma grande oportunidade para evitar problemas de segurança. Nos últimos anos estamos insistindo na ideia de que tudo deve ser planejado, desde as anotações na prancheta. Com isso, o trabalho das administradoras é facilitado.

Talvez, sob a coordenação das próprias administradoras, especialistas em segurança em todos os níveis podem participar desse processo. Para essas empresas, é um divisor de águas. São elas que poderão colher os frutos da maior segurança nessas comunidades, no momento em que o condomínio já estiver operando.

Neste trabalho conjunto com as demais áreas envolvidas, o segmento terá como opinar sobre diferentes quesitos de proteção ao imóvel, tais como: altura correta dos muros desenho das rampas de acesso aos pontos estratégicos, garagem, portaria e áreas comuns, com monitoramento em relação aos diferentes fluxos internos de veículos e pessoas.

Condomínios são uma realidade recente em nossa história urbana e continuam sendo aprendizado tanto para quem os habita como para quem os constrói, vende ou aluga. Não importa se são pequenos ou grandes.

Para reduzir custos e garantir a “perfeição” do imóvel, o BIM propõe um máximo de previsão e um mínimo de modificações no projeto. Para nós que somos do ramo, chegou na hora certa. As administradoras acabam levando a culpa perante os condôminos quando não conseguem resolver todos os problemas. Mas a criatividade e a previsão começam na prancheta e isso vale não apenas para as questões de segurança como para todas as demais.Em comparação com o fluxo de trabalho tradicional, o esforço de previsão é antecipado no método.

Por Hubert Gebara – Vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP e diretor da Hubert Administração de Condomínios e Imóveis.

Artigo originalmente publicado pela revista Security Brasil edição nº 175 maio/junho 2018.